
4 Tendências que não vão deixar indiferente qualquer empresa do sector Construção Civil
O Sector da Construção Civil e Obras Públicas foi um dos menos afetados pela pandemia Covid-19, comprovando a força e resiliência do sector face às adversidades.
Segundo o relatório anual Global Powers of Construction (GPoC) da Deloitte Global, a tendência é de crescimento até 2023.
Durante a pandemia e sobretudo nos meses em que a população se encontrou em confinamento, ocorreu um pico no aumento das remodelações e reformas dentro dos espaços habitacionais.
Por um lado, as pessoas viram-se obrigadas a passar mais tempo em casa, pelo que se cansavam facilmente de ver o mesmo ambiente e espaço. Por outro lado, ao usufruírem mais das suas casas levou-as a ficarem mais atentas a algumas deficiências que anteriormente não se teriam apercebido, como por exemplo, um mau isolamento acústico ou a pouca exposição solar.
A Covid-19 teve um grande impacto na sociedade, contribuindo para novas tendências neste sector de atividade.
Assim, apresentamos as 4 grandes tendências que não vão deixar indiferente qualquer empresa do sector Construção Civil:
1. AUMENTO DO RECURSO TECNOLÓGICO
Houve um aumento na adoção de tecnologias digitais equivalente a três anos, fruto da situação pandémica, afirma um estudo global realizado pela consultoria McKinsey.
As empresas do sector da construção não ficaram indiferentes a esta tendência, na aplicação de novas tecnologias que vêm facilitar os processos internos de gestão da empresa e melhorar a oferta junto dos clientes.
Desta forma, o recurso a tecnologia tem potenciado:
• Apoio à gestão: digitalização dos processos internos, recurso a canais online e ferramentas digitais para controlar e avaliar o bem-estar de funcionários, fazer pedidos de materiais de construção, gerir recursos com mais precisão e fazer a gestão do fluxo de caixa;
• Utilização da tecnologia do Building Information Modelling (BIM ou Modelagem de Informações de Construção): tecnologia utilizada por Arquitectos, Engenheiros e Designers, que consiste na representação digital das características físicas e funcionais de uma edificação, contendo todas as informações do processo construtivo, onde as diversas tarefas ficam sobrepostas de forma a conseguirem uma boa visualização de problemas que possam surgir durante as diferentes fases de construção. Com a visualização dos problemas com antecedência, é possível discutir as soluções de projecto com as várias especialidades, reduzindo custos, optimizando tempo e garantindo a melhor decisão técnica para os problemas.
• Realidade aumentada e virtual: em alguns casos já é possível visualizar o ponto de situação do empreendimento pelo recurso a QR code;
• Tecnologia nas habitações ou espaços públicos e comerciais: a tecnologia vem também apoiar algumas das medidas higiénicas impostas pela pandemia, como por exemplo, abertura de portas automáticas e lâmpadas com sensor de presença, evitando assim o contacto directo com as superfícies.
O recurso a estas tecnologias conduz a ganhos de produtividade, pelo que a tendência pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e ferramentas que contribuem para a automatização dos processos de construção é cada vez maior.
Existe ainda uma perspetiva no aumento do recurso a sistemas inteligentes para controlo e documentação dos colaboradores e na expansão da tecnologia de RFID (radio frequency identification – identificação por radiofrequência), que utilizam a frequência de rádio para captura de dados, permitindo o rastreamento de equipamentos ou materiais.
2. PROCESSOS DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEIS
Nos últimos anos, notou-se um aumento da procura por processos mais produtivos e métodos mais sustentáveis. Acredita-se que esta preocupação tenha um boost maior nos próximos anos, impulsionada por incentivos governamentais.
Existe uma maior atenção na qualidade e durabilidade das construções e na saúde e segurança das pessoas, quer do cliente como do trabalhador.
O desempenho e a qualidade dos empreendimentos serão assim cada vez mais valorizados nas construções de edifícios, bem como os materiais utilizados e a sua eficiência energética. Espera-se, também, que a procura por um estilo de vida mais saudável por parte da procura influencie a escolha das construtoras, uma vez que, a tendência é que haja uma procura maior por imóveis em zonas com espaços ao ar livre ou zonas mais verdes. Este comportamento, conduzirá as construtoras a adaptar-se e a mudar o tipo de imóvel a construir e/ou a sua localização ou zona envolvente.
3. REFLEXÃO SOBRE OS ESPAÇOS CORPORATIVOS E RESIDENCIAIS
O home office veio para ficar. Funcionários e empresas, viram-se obrigados a adaptar todo o seu fluxo de trabalho durante a pandemia. E, depois de uma primeira fase de estranheza para com a mudança, a mesma veio para ficar.
Acredita-se que nos próximos tempos exista uma menor procura por espaços corporativos ou empresariais. A procura existente, está mais direcionada para locais mais abertos e amplos que permitem reuniões entre equipas ou com clientes, notandose uma quebra na procura de espaços com blocos individualizados e escritórios.
A realidade do home office durante a pandemia veio sobressair algumas deficiências nas nossas casas. Muitas pessoas não têm um escritório ou espaço dedicado exclusivamente para trabalhar, existe um mau isolamento, pouca exposição solar, entre outras. Desta forma, no mercado imobiliário residencial, a perspetiva é a de repensar os espaços dentro de casa e os produtos para esse segmento.
4. CRESCIMENTO DAS CONSTRUÇÕES PRÉ-FABRICADAS
As casas pré-fabricadas e modulares são uma alternativa à construção tradicional e apesar de já serem bastante procuradas antes da pandemia, a sua procura aumentou neste último ano e espera-se que nos próximos anos siga o mesmo exemplo.
Estas construções são uma possibilidade para quem procura um espaço confortável, flexível e adaptável a diferentes necessidades. Além de serem uma nova solução construtiva associados a um custo e tempo de obra inferior às demais, a sua construção implica a produção de menos desperdícios e a uma maior sustentabilidade.
Existem modelos para todos os gostos, desde as casas mais rústicas e convencionais às modernas e minimalistas. As construtoras têm uma grande variedade de modelos a oferecer, sempre adaptados às necessidade e gostos de cada cliente, bem como ao valor que pretendem investir.
Em dupla com todas estas tendências, o design de interiores terá um papel fundamental no apoio na remodelação e na construção de novos espaços. A tendência é que sejam utilizados tons mais clean/neutros, de forma a trazer mais luz e paz para dentro dos lares. A utilização de plantas de interiores em casas e escritórios é cada vez mais um recurso a considerar no momento de “trazer vida” para estes locais.
Na Coeng encontra uma equipa capacitada para o ajudar em todo este processo, independentemente se o objetivo é remodelar ou construir do zero o imóvel dos seus sonhos